sábado, 2 de outubro de 2010

Vaidade . Tudo vaidade...


02 de outubro de 2010...

Foi uma tentativa,talvez a mais errada de todas, mas não é sobre isso que quero divagar, quero somente afirmar pra mim mesma que não há nada de errado comigo, que as escolhas que fiz não foram ruins, que tudo que mereço de bom há de vir, que me dei a chance de ser feliz, que o relógio não anda para trás, que mesmo sozinha estou bem, que a chuva que estar por vir é tempestade boa, das que lavam o corpo e a alma, que fiz o bem sem olhar a quem, que todos esses dias vão ficar na caixa de memórias, que se errei, errei tentando acertar, mesmo que digam "o inferno está cheio de boas intenções" eu não sou assim e quando puder descansar finalmente e andar pelas ruas sentindo a brisa de leve meus pensamentos vão vagar somente em busca de meu lar, os dias são arrastados mas eu entendo de sonhos e pressentimentos, depois deles o que fica é o silêncio, a casa vazia, a louça lavada, talvez eu tenha outro gato, talvez eu lute ainda,pois tenho em mim uma enchente de sentimentos, algo tão sutil e tão devastador que só deveria assustar a mim mesma, deve existir uma explicação, mas quem me dará?
É mais uma dor e esta como tantas outras há de passar, só uma chance, não me foi dada, então alimento-me de mim mesma,a solidão é necessária...sons nem sempre são desejáveis...
Ao ouvir música amor, ao sentar sozinho, ao ver que não fui culpada, ao perceber que quase te curei, por favor não se arrependa,mas tenho pra mim que jamais, jamais fui a foice, não sou o corte, nem faço sangrar.
Faço 31 e mudo de casa, faço versos e deixo a rima se quebrar, eu me quebro mas não perco os fragmentos, a beleza de tudo isso é insistir em ficar bem, em minoria ainda faço parte dos que falam com o vento e usam espelhos de tempestades,águas que caem de forma deliberada, água sem fim, um pedaço de outro outro peçado de mim, sempre que chove as nuvens se misturam ao ar...