segunda-feira, 23 de junho de 2008


Pois bem, noite dessas estava eu conversando no messenger com um amigo, mais um amigo virtual, oras eles são de verdade não?

Mas não é sobre isto que quero falar, quero mesmo comentar sobre o que falávamos, bom, ele comentou á respeito de sensações, sim de sentidos, como quando você vai ao mar logo cedo e pode sentir o sol morno pela manhã, eu por outro lado gosto quando vai cair chuva naquela imensidão de água salgada, acho lindo e o que sinto, é mais com se estivesse voltando á algum lugar que embora não o conheça ao fechar os olhos posso perfeitamente encontra-lo...

Nossa Amélia mais que papo estranho é esse?

OK! Confesso, estranho mesmo...

Mas me contem, que tipo de sensações faz com que vocês se sintam assim? Felizes, extasiados, melancólicos...

Eu me lembro de um livro de contos da autora Lygia Fagunde Telles...
Do livro : Oito contos de Amor.

Este intitulado As cerejas, especialmente ele me irrita, fala da paixão idiota que uma garota tem por um primo, botânico se não me engano, pois bem sei que no desenrolar da coisa toda, chega uma tia de supetão na estória, o caso é que em uma dada noite, onde chovia e parecia que ia inundar o mundo, estava essa tal tia, dando uns pegas no danado do botânico...detalhe, a outra lá vendo tudo.
Eu fiquei muito puta da vida quando li esse conto, mas vejam só, me senti assim por me colocar no lugar da dita cuja da menina, ué! Bem que eu poderia ter me colocado no lugar da sedutora tia, não fiz isso, mas de verdade eu nem sei qual o motivo (até sei, mas "prefiro não comentar").
Sei que sensações podem ser despertadas de diversas maneiras, podem ser boas ou ruins, ter cheiros e sons, cores e mil linguagens, desde que as sintam, ao menos assim ainda poderão dizer que estão vivos, a morte em vida é algo nojento, sentir pena de si, é deplorável, por isso eu digo,querem morrer? Que morram, mas pelo amor de Deus tenham ao menos um pingo de dignidade!

É complicado fazer escolhas, quando se tem diversas opções, mas complicado mesmo é achar um motivo pra desistir, pois se este não existe, consequentemente você também não.

Estranho?


Muito bem, pela trocentésima vez eu tento..

Não me confundir, não ficar divagando por aí, mas se está em mim porquê não faze-lo?

Eu nem mesma busco compreensão, apenas vou deixando coisas por aí,minha casa em geral retrata meu interior, ou seja,uma verdadeira bagunça, interna e externa, aquilo que posso chamar de "infinito particular",mas não se engane, eu deixo somente pistas, e nada mais, certezas ninguém vai encontrar, daí digo, se pretendem morar em mim...vai ser complicado, sou a proprietária mais esquisita que já conheci, cheia de estranhas manias,cheia de complexos adversos, conceitos?

Acho que não mas como disse, não faz muita diferença, não sei onde guardo nada, lembranças, sonhos, DESEJOS, em baixo da cama deixo coisas pouco usuais, termos e textos sem medidas, é bom falar nisso,por vezes estou sem medida, no tempo em que procurava respostas, acabei por me perder, no momento eu que comecei á me procurar, parei de responder, não, não pela rima, mais por esclarecimento mesmo.

Engraçado falar de esclarecimento nessa altura do campeonato, boa essa..

A pergunta é, vocês também se sentem pedaços de algo, ou somente algo em pedaços?

O que faz de qualquer um filósofo? Questionar.

Porcaria, faço isso o tempo todo...

Os conceituais vão querer me trucidar por isso.