Paradoxos de coxas, lambeduras e brechas, açoites desejados, riscos de afagos e choro, bichos amam como gente, gente deita feito bicho, quando um conto relativo transpassa a dor e faz com que o tempo pare, o contraste entre a dança, a vida e a morte, lambidas languidas, disforme, feio sujo, o enredo daquela noite havia ficado para o tempo, que se fosse ele capaz acabasse por fim com o cio dos amantes, desafiadores de medos, um lobo e uma serpente, venenos desonrantes, tinham então morrido e vivido um dentro do outro de forma que sem começou ou sem fim, de tempos em tempos o encontro acontecia, mas a lua tecia mistérios e desde que o mundo é mundo e desde que o sentimento imundo da solidão demanda coragem eles se encontravam em sonhos, onde Morpheus pai dos insanos faz com que o mar se transforme em bruma e ficam ambos protegidos, lobo e serpente, dançando entre o fogo da vida e o gelo da morte.
Um comentário:
Cadê você, sumida?
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