Foi assim, andou como se nunca fosse chegar e de fato, jamais chegou, não bastava o tempo correr nem as cores se misturarem, tal como criança quando junta todas as tintas que tem, somente para ver que cor irá virar, sendo assim deu-se conta que todas elas quando juntas não passa de cinza borrada, de certo você mesmo já olhou o céu borrado assim, talvez os deuses acreditem que misturando vez ou outra lilases, amarelos, vermelhos carmim e azuis infinitos, os mortais que se dêem conta de que luz á favorável até o momento em que não cega...
_Terá de cair!
_Mas não fiz nada senhor
_Mas eles fizeram e só terá tuas asas novamente quando todos estiverem por completo capturados, arrependidos... Chovia tanto que ninguém seria capaz de ouvir seu choro, tal como nem ela entenderia naquele momento que se tratava de um. Nua e sozinha... ”Então era assim nascer?” Os carros com suas luzes coloridas iam e viam sem para, apesar da chuva torrencial, tempestade essa que era tão alta que nem mesmo nos seus mais estranhos pensamentos saberia descrevê-la, mesmo estando lá quando tudo começou. “Talvez nascer fosse tão ruim quanto morrer”. Não saberia dizer, nunca havia morrido, assim como era a primeira vez que nascia, tentou levantar aos poucos, mas as pernas ainda estavam cambaleantes e desacostumadas ao chão, poucas vezes o tinha tocado, exceto pela vez que tinha ido visitar uma senhora que no momento da sua ida havia clamado pelo seu protetor. Ela? Tocou os seios nus e não entendeu a maciez deles, desceu até o umbigo e aquele furo em seu ventre era estranho e parecia de alguma forma parti-la ao meio, desceu um pouco mais a mão e se sentiu suja, mesmo com toda aquela água caindo, foi alto rápido e para ela, assustados, agora sentia o corpo arrepiar, agora sentia frio, e algo a incomodava, o estômago vazio a fazia gemer, mas nem isso era tão assustador quanto ao que veio logo a seguir, sentou-se ali mesmo no chão molhado e frio, faltava algo... “Onde elas estão?”. _Senhorrrrrrrrrrr! Onde estão elas? Vamos responda-me! Apenas a chuva e os carros, as buscou em suas costas mais uma vez, pode sentir com um pouco de esforço suas vértebras, mas ali elas não se encontravam.
_Senhor! Eu não fiz nada, eu... Teve um flash, em questão de segundos, logo após um sentimento de abandono a tomou, era isso que os humanos sentiam quando perdiam alguém, quando se sentiam só ? Quando iam morrer?
_Senhor, traga-me minhas asas de volta, não entendo o que se passa, estive ao seu lado o tempo todo, fiz como me mandou, nunca, jamais deixe de obedecer a uma ordem tua e se bem me recordo estou aqui por erros alheios, que há de ser de mim?
_ Preciso ir, quero voltar para casa... Mais chuva, mais carros, e numa dessas avenidas, uma derrapada, um automóvel qualquer freou bem em cima a tempo de não atropelá-la, como agora se fazia presente o instinto ao invés de levantar e correr encolheu-se tal uma criança faz quando está no ventre da mãe, a pessoa que dirigia desceu do carro, ela continuava encolhida, mas agora alguém ouvia seu pranto...
_Meu Deus!
Não era Deus, mas com certeza divinamente falando, o fim estava apenas por começar...
_Terá de cair!
_Mas não fiz nada senhor
_Mas eles fizeram e só terá tuas asas novamente quando todos estiverem por completo capturados, arrependidos... Chovia tanto que ninguém seria capaz de ouvir seu choro, tal como nem ela entenderia naquele momento que se tratava de um. Nua e sozinha... ”Então era assim nascer?” Os carros com suas luzes coloridas iam e viam sem para, apesar da chuva torrencial, tempestade essa que era tão alta que nem mesmo nos seus mais estranhos pensamentos saberia descrevê-la, mesmo estando lá quando tudo começou. “Talvez nascer fosse tão ruim quanto morrer”. Não saberia dizer, nunca havia morrido, assim como era a primeira vez que nascia, tentou levantar aos poucos, mas as pernas ainda estavam cambaleantes e desacostumadas ao chão, poucas vezes o tinha tocado, exceto pela vez que tinha ido visitar uma senhora que no momento da sua ida havia clamado pelo seu protetor. Ela? Tocou os seios nus e não entendeu a maciez deles, desceu até o umbigo e aquele furo em seu ventre era estranho e parecia de alguma forma parti-la ao meio, desceu um pouco mais a mão e se sentiu suja, mesmo com toda aquela água caindo, foi alto rápido e para ela, assustados, agora sentia o corpo arrepiar, agora sentia frio, e algo a incomodava, o estômago vazio a fazia gemer, mas nem isso era tão assustador quanto ao que veio logo a seguir, sentou-se ali mesmo no chão molhado e frio, faltava algo... “Onde elas estão?”. _Senhorrrrrrrrrrr! Onde estão elas? Vamos responda-me! Apenas a chuva e os carros, as buscou em suas costas mais uma vez, pode sentir com um pouco de esforço suas vértebras, mas ali elas não se encontravam.
_Senhor! Eu não fiz nada, eu... Teve um flash, em questão de segundos, logo após um sentimento de abandono a tomou, era isso que os humanos sentiam quando perdiam alguém, quando se sentiam só ? Quando iam morrer?
_Senhor, traga-me minhas asas de volta, não entendo o que se passa, estive ao seu lado o tempo todo, fiz como me mandou, nunca, jamais deixe de obedecer a uma ordem tua e se bem me recordo estou aqui por erros alheios, que há de ser de mim?
_ Preciso ir, quero voltar para casa... Mais chuva, mais carros, e numa dessas avenidas, uma derrapada, um automóvel qualquer freou bem em cima a tempo de não atropelá-la, como agora se fazia presente o instinto ao invés de levantar e correr encolheu-se tal uma criança faz quando está no ventre da mãe, a pessoa que dirigia desceu do carro, ela continuava encolhida, mas agora alguém ouvia seu pranto...
_Meu Deus!
Não era Deus, mas com certeza divinamente falando, o fim estava apenas por começar...
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