sábado, 23 de fevereiro de 2013

Se por acaso...

Esses anos que correm como quem corre dei si mesmo, esse tempo em que o bem querer é menos ainda que o não querer, idas e vindas infinitas, constantes inconstâncias, direcionamento de desejos, desejos que nem mesmo seus donos sabem se os querem, o celular, o computador, a dor de apenas conhecer a vida do outro por um status de facebook, na esquina não há conversa, nas casas noturnas a disputa gira em torno de quem tem o celular mais moderno, dançar que é bom, nada né? Beijar sim, desde que se possa postar o beijo...
Conhece a ti mesmo? Imagine, se frases feitas e fotos roubadas são conceito de intelectualidade, creio que os pseudos possuem sua vez, é como uma manada de javalis que correm para o penhasco, mas não se dão conta disso, é fácil rir e curtir, complicado é chorar e compartilhar, fora das redes de comunicação, o velho que joga milho aos pombos, a moça que espera na janela, ainda há espaço para "divagantes".
Alimenta seu ego através de comentários que nem ao menos pode afirmar que sejam verdadeiros, deita depois das duas da matina, imaginando se pela manhã haverá mais que estranhos em seu universo, sair de casa e ver o sol virou retrógrado, anda descalço causa doenças, saudade do tempo em que olhar o fim de tarde fazia parte de um dia feliz.
E pensar que faço parte dessa massa...rs

Um comentário:

Cilon disse...

E tudo faz parte de uma vitrine, espelho das vaidades...Sinto em dizer, mas faço parte dessa massa viva de desejos e contradições...
Bela reflexão, gosto do que você escreve, e secretamente esconde.