sábado, 31 de outubro de 2009

Rotina, tic tac...


Achei que estava atrasada, no entanto, quando olhei no relógio o tempo parecia ter parado, fui acendendo todas as luzes o que não era nada bom, voltei e fui apagando todas,menos a do quarto ,comi alguma coisa muito rápido o estômago até estranhou, será que minha pressão caiu?
Banho tomado, aquele chamado banho de gato, decidi em seguida o que vestir, sem muita enrrolação pensei em usar lápis no olho, é realmente uma observação sem maior intenção, mas justamente hoje que eu queria estar com o olhar acentuado e por que não dizer profundo?
Estava com todos os sentidos aguçados e ao mesmo tempo eu estava lenta, lisérgica eu diria as vozes em eco, as cores borradas e o vento? Bom o vento já era de se esperar “Nem sempre pergunto somente o que não sei



So maybe tomorrow... Refrão da música indo e vindo na minha mente. “Talvez outro dia eu tenha tal resposta”. Já em sala de aula, aula essa que eu ouvi tudo, mas não assimilei nada, absolutamente nada, Brasil III, eu lá queria saber de oligarquias e coronelismo! Neste momento, exatamente agora ele entra em cena, ai próximo á porta do canto da parede, na última cadeira, no fundo da sala eu o encontrei, bem ali, na verdade não sei há quanto tempo ele tinha chegado, de pernas pra cima , sem conseguir voltar para baixo e seguir seu caminho...
Como alguma coisa rapidamente, a dor no peito voltou, fazia alguns meses que ela não me visitava, estaria incubada? Sei lá! O almoço estava tão salgado e mesmo assim creio que minha pressão baixou calor dos infernos, dane-se o trópico! Quero as chuvas de volta e o frio também. Maybe... A mesma...
Ele continua ali nem sei se está mesmo olhando pra mim, as pessoas da sala agra riem de algum caso engraçado que o professor contou... Sem paciência, vou sair e fumar. Não sei que diabos ainda faço na Universidade! Mentira eu sei, cumprindo meu papel de pessoa “normal”, ao menos aqui fora tem vento, blocos firmes de concreto e pedras grandes do que as salas são feitas, começo a me questionar quantas pessoa matarão seus sonhos dentro da instituição que leva o nome de Universidade, que piada sem graça essa RS.. Feito coito interrompido, odeio! Quero ir pra casa. Pareço ter febre (fumando), mas não tenho, há não ser que seja interna quanto adolescente eu tinha problemas de garganta quando o psicológico era afetado, naquela época ela saia pra comprar remédios, fosse a hora que fosse (ainda fumando).
Lua crescente, vozes que se misturam alunos, professores discursando, as arvores mal se mechem, (sono). Volto pra sala e o dito continua no mesmo local, vou beber, falta pouco pro intervalo, volto a sala pra pegar minhas coisas, uma cola me diz que estou com os olhos bonitos, vivos, saltitantes, o que seriam olhos saltitantes? Bar na entrada da faculdade, melhor invenção, meia dúzia de gatos pingados, um cara com mais quatro garotas, todas sem sal, ele me viu, nada de mais, bom alguns anos atrás aquele bar me parecia menos família e mais pros perdidos, poxa será que só restava como perdida? Sentada pra beber sozinha, finalmente tinha feito isso, poderia ter companhia, mas não quero. Músicas chatas em seqüência, o som ligado na rádio local. Pensei em ligar pro Petrini dali, desisto, talvez quando chegar em casa, alguns rapazes na sinuca agora, eu perco até em jogo de palitinho.
O que há com essa porcaria de rádio? Deus me livre! Bar fervilhando agora, segunda cerveja, por favor! Garçom idiota! Mensagem no celular, ensaio, hoje? Ensaio...
Quero ir pra casa, termino logo essa cerveja, o lugar está ficando cheio de mais, jogo na TV, uma gritaria, pronto pra mim já deu, terminando de beber, acendendo o cigarro da saideira.
Sala de aula pra avisar ao professor que estou indo, tenho ensaio...
O besouro estúpido ainda no chão, pronto, piso em cima, tudo terminado, pra que ficar prolongando sofrimento?
O resto é bobeira o ensaio as mesmas conversas, dinheiro que ainda não saiu...
Não liguei nem matei o besouro, não quis ligar, mas gostaria de ter matado o besouro.




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